“Tudo é gerado pela web e está conectado à rede” afirma o indiano Vyomesh Joshi, vice-presidente mundial de imagens e impressão da Hewlett-Packard (HP), uma das gigantes da informática. Ele anuncia adesão à onda da chamada internet 2.0 no ramo de impressão. Sim, o homem continua imprimindo freneticamente documentos – num ritmo de crescimento de quase um trilhão de novas páginas impressas por ano. Estima-se que neste ano cerca de 50 trilhões de páginas serão impressas e uma boa parte diretamente da internet. Isso porque a grande rede passou a ser o repositório de documentos do mundo e imprimir sem baixar em computadores – ao contrário do que é feito atualmente em 90% dos casos -, é uma tendência crescente.
O executivo afirmou que: “hoje 90% do que é impresso está atrelado apenas ao ambiente analógico…” ou seja, pouco se imprime da web. Isso retrata uma cultura que irá mudar, hoje confiamos nossos documentos mais importantes aos nossos próprios computadores, mesmo que baixados na internet, a nova geração já aprendeu o conceito da nova web. Web 2.0, Active Web, Living Web, Hypernet, etc… como se queira dominar conecta mais de um bilhão de pessoas diretamente e ela. Ao contrário da antiga web, a atual entra em nossas vidas não somente por impressoras mais através de câmeras, cartões de crédito, carros,etc.
Entretanto, ao que parece o ambiente é de mais confiança, a nova geração acredita mais na web. Sabe que, tirar um documento dela é muitíssimo mais complicado do que colocar. No livro, “Wikinomics” seus autores Tapscott e Williams,relatam bem o que significa esse novo fenômeno na Web. “…ela cobre o planeta como uma pele…” – e também mais que isso se expande ao espaço, vide novidade no Google onde é possível navegar nos planetas e nas galáxias.
Os autores afirmam que uma das maiores características desta onda é “ser aberto”, quando significa: franqueza, transparência, liberdade, flexibilidade, expansividade, engajamento e acesso. Isso porque ações coletivas e de franca cooperação como a internet requerem uma consciência coletiva extremamente harmônica nos princípios mais fundamentais nas relações humanas.
O comportamento e o poder de colaboração da massa se movem como uma grande organização. Experiências de mapeamento do genoma humano com tempo de computadores de voluntários, cientistas compartilhando informações, universidades, disponibilizando todo seu currículo gratuitamente, códigos abertos em licenças biológicas de grãos para agricultura…
A descoberta da riqueza do coletivo, da colaboração e do compartilhamento que, ao contrário do que se pensava no passado, cresce quando é dividida.
Seria então o “coletivo digital” da nova web, um “augurio” como dizem os italianos, que fará da terra um planeta com menos diferenças e melhor para se viver?
Quem viver, verá.
Tabelião de Notas em Curitiba, angelo@volpi.not.br, escreve todas as segundas nesse espaço. www.jornaldoestado.com.br