Hoje ele completa 70 anos e, depois de exercer a advocacia por quase 30 anos e atuar como desembargador por 16 anos, ele está se aposentando. Paulista de Itapira, Carlos Stephanini também foi procurador-geral do Estado, vice-presidente do TJMS no biênio 2001/2002 e professor universitário. Ingressou na magistratura do Estado no cargo de desembargador, na vaga reservada ao quinto constitucional a advogados, no dia 28 de novembro de 1991.
Para falar de tão singular figura, não há quem não utilize predicativos como: alegre, inteligente, admirável. O atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional MS, Fábio Trad, disse que Carlos Stephanini nunca abandonou a beca, mesmo togado, porque a sua imparcialidade é o retrato fiel do seu compromisso com o Direito e a justiça.
“Ele não é apenas respeitado, mas admirado por todos os seus colegas de profissão, que vêem nele o exemplo fiel do advogado comprometido com os valores da justiça e de eqüidade. Perder Stephanini no Tribunal é ganhá-lo para a advocacia e, ganhando na advocacia, a OAB o aplaude e o abraça”, afirmou.
Para a Desa. Marilza Lúcia Fortes, a saída de Stephanini representa um vácuo no Judiciário. “Ele sempre foi um exemplo como profissional, como professor, como advogado e como colega. É alegre, lúcido em suas decisões, objetivo, tranqüilo, e todas essas qualidades faz com que seja admirado por todos”, completou a desembargadora.
Outro que não economizou palavras ao falar de Stephanini foi o desembargador aposentado Rui Garcia Dias. “Ao se aposentar agora, por implemento de idade, por força constitucional, ele é como uma águia abatida em pleno vôo. Por causa de uma lei que merece ser revogada, deixa muita saudade em razão de seu temperamento alegre, solidário, com lições de sua excelente formação humanística”.
Rui fez até um balanço da produção de Stephanini para exaltar seu compromisso com a magistratura. “Ele julgou 8.900 processos em 16 anos, uma média de 556 processos por ano, um patamar que poucos conseguem atingir”, completou. O Des. Claudionor Miguel Abss Duarte lembrou que Stephanini sai na compulsória, mas o Tribunal de Justiça fica com ele. “Sua participação nesta Corte, por quase 16 anos, deixa marcas bem definidas”.
Doação – No último dia 16, antes de deixar suas funções e o convívio diário no Tribunal de Justiça, Stephanini recebeu em seu gabinete a presidência e a diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MS) e da Escola Superior da Advocacia (ESA), à qual fez a doação do acervo de livros existente em sua biblioteca particular, utilizada habitualmente em sua rotina de trabalho.
As obras contemplam temas de direito penal e civil, além de vasta coletânea de jurisprudência dos tribunais, recurso de grande valia aos advogados, por conterem o entendimento dos magistrados acerca das diversas questões suscitadas em juízo nto dos magistrados acerca das diversas questões suscitadas em juízo