Na última sexta-feira, o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul contabilizou mais uma vitória: a Desª Marilza Lúcia Fortes foi agraciada com a Ordem do Mérito Judiciário Militar, no Superior Tribunal Militar, em Brasília. Em uma cerimônia cheia de pompa, a desembargadora foi condecorada e emocionada e confessou: não esperava receber tão alta condecoração.

A magistrada dividiu a vitória com todos os juízes que, por mais de 20 anos, atuaram como auditores fiscais e que atualmente são juízes de direito. “Essa homenagem não é só a minha pessoa. É o reconhecimento do trabalho de todos os juízes auditores estaduais que lutaram pela justiça militar, dedicando sua vida, seu trabalho, não só fazendo julgamento dos policiais militares, com honestidade e tentando ser justos, mas também lutando pela manutenção dessa justiça que, volta e meia, é abalada”, disse ela.

Poucos sabem que justiça militar teve um peso muito grande na época da ditadura e a desembargadora homenageada explica a questão: “A justiça militar teve muita importância na época porque, diferente da compreensão geral, sempre procurou julgar com imparcialidade aqueles que vinham até ela”, completou.

A desembargadora, que também preside a Associação dos Magistrados das Justiças Militares Estaduais (Amajme), por 26 anos atuou como juíza auditora da Justiça Militar de Mato Grosso do Sul. Dos agraciados, nove receberam o grau Grã-Cruz, 60 o grau Alta Distinção, 40 o grau de Distinção, 32 o de Bons Serviços, alem de quatro corporações.

As condecorações oferecidas na última sexta-feira são concedidas a integrantes da justiça militar que tenham prestado bons serviços no desempenho de suas atribuições; a magistrados, juristas, integrantes do MP, da Advocacia-Geral da União e das Forças Armadas que, pelos serviços prestados, se tenham tornado credores de homenagem da Justiça Militar, e a cidadãos brasileiros e estrangeiros, que hajam prestado reconhecidos serviços à Justiça Militar ou lhe demonstrado excepcional apreço.