Estadão – Artigo – Censo 2021: por que não o Registro Civil? – Por José Renato Nalin

Diante do corte na verba reservada ao Censo de 2021, a presidente do IBGE, Susana Cordeiro Guerra se exonerou. O corte foi de quase 90% na previsão do censo demográfico a ser realizado este ano, diante da inviabilidade de realização no ano passado.

A Lei 8184/1991, prevê a realização do censo a cada dez anos. O orçamento previa dois bilhões de reais para essa realização que é ainda artesanal. Contratação de milhares de recenseadores ad-hoc, encarregados de fazer visitas e preencher questionários.

Não há dúvida de que é importante obter dados reais e atualizados para o planejamento estatal e para que a iniciativa privada tenha noção do quadro verdadeiro de uma República nem sempre atenta a seus dados.

Todavia, no momento escabroso em que milhões de brasileiros passam fome, com a pandemia a escancarar a legião de invisíveis, os informais de que ninguém cuida, os desempregados, os desvalidos, pensar num censo convencional é uma sofisticação que pode aguardar melhores dias.

Momento propício para se valer de uma estrutura funcional, confiável e nem sempre devidamente aproveitada pelo Brasil. Os milhares de delegatários da mais democrática dentre as funções extrajudiciais: os Registradores Civis das Pessoas Naturais.

Todas as pessoas dependem do assento de seu nascimento para comprovar sua existência jurídica. O Registro Civil é o repositório das informações as mais relevantes para a Nação. Nestes tempos tristes, foi ele que possibilitou o controle dos óbitos, a constatação de que a Covid19 nunca foi “gripezinha” ou “resfriadinho” para poupar atletas e livrar o INSS do fardo representado pelas aposentadorias e pensões. É uma peste muito grave, que hoje tem ceifado centenas de milhares de vidas e que está longe de ser debelada.

As delegações extrajudiciais, a partir de 1988, tiveram de enfrentar as vicissitudes que a iniciativa privada, ainda com explicita menção na Constituição da República, tem de arrostar para sobreviver num ambiente adverso. Com isso, organizaram-se, adotaram uma gestão eficiente, instituíram as Centrais Eletrônicas e se tornaram a instituição estatal – sim, pois exercem atividade privativa do Poder Público – mais confiável do Brasil.

Os registradores dominam o universo das informações que interessam para adequado conhecimento do Brasil. Talvez não possam se desincumbir da plenitude de dados necessários para a elaboração de um censo sofisticado. Mas o básico, sim. Eles já detêm.

Num momento de pandemia, é suficiente saber quem nasceu, quem se casou e quem morreu. Isso está disponível. Já foi realizado pelos registradores. Nenhuma delegação extrajudicial atinge todos os espaços em que existe um grupo de humanos em convívio, como o Registro Civil das Pessoas Naturais.

Eles são hoje o “Ofício da Cidadania”, por tardio reconhecimento de que podem e devem exercer outras atribuições, além daquelas que já praticam. Tudo aquilo que guarda pertinência com dados pessoais, como a expedição de documentos que são tantos e de tão variada origem, deve ser entregue ao Registro Civil das Pessoas Naturais.

É possível que o RCPN possa expedir Carteira de Trabalho, Carteira Nacional de Habilitação, RG – Registro Geral, Passaporte, Título de Eleitor, CPF – aliás, o Cadastro de Pessoa Física da Receita Federal já é inserto no assento de nascimento de todo brasileiro – carteira de vacinação e qualquer outra exigência burocrática, assim como inacreditável “atestado de vida”.

Se um dia o Brasil chegar a instituir o DU – Documento Único, de que constem todas as informações necessárias, será o Registro Civil das Pessoas Naturais o seu elaborador, o seu emissor e o seu controlador.

Se o governo tivesse o bom senso de se recordar do Registro Civil das Pessoas Naturais para a realização do possível Censo Demográfico de 2021, veria que a solução está aí e custará muito menos ao Poder Público do que fora programado.

Essa alternativa poderia levar a presidente demissionária Susana Cordeiro Guerra (será da família do Ministro do STF Cordeiro Guerra?) a não deixar o IBGE e a fazer aquilo que a pandemia, período extraordinário, análogo a um estado de guerra, permite fazer de maneira facilitada, menos dispendiosa e perfeitamente factível. O Brasil da sensatez que ainda resta, agradeceria.

Fonte: Estadão


A Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso do Sul, também denominada ANOREG MS, é uma sociedade civil, sem fins econômicos, constituída por prazo indeterminado, tendo sede e foro no Município de Campo Grande/MS.

Використовуйте массажер простаты якщо ви хочете відчути щось нове.
Thanks to https://worldhgh.best/ I was able to find what I needed!
Faça sua vaid de bet e fique mais rico. Não há necessidade de esperar
Как приятно увидеть качественный минет. Да, умеют же девушки...
Somente as melhores apostas em brabet. Experimente também.
Sugiro que você apenas Vem apostar e se jogue! Hoje
Escolher Pornô que com certeza vai te agradar
Conquista victorias con 1win chile, ¡el mejor casino en línea!
Po prostu logowanie w Hot Slots i graj. Czego jeszcze możemy się spodziewać?
Mude sua vida para melhor com o betano.
Juega en casinos com mbway. Ahora...

© Copyright Anoreg MS | Todos os direitos reservados

Imagem no Canto Inferior
Olá, posso ajudar ?