Em reunião realizada na última sexta-feira (11/05), no Fórum de Campo Grande, magistrados de Mato Grosso do Sul se reuniram para debater com o representante da Steno do Brasil, Arnaldo Toledo, a implantação da estenotipia no judiciário estadual.

O representante da empresa que fornece o serviço expôs como se utiliza a estenotipia eletrônica, para que, após análise da questão orçamentária e troca de idéias com os juízes, se implante a tecnologia no estado. “O projeto é amplo, deve ser utilizado a princípio em audiências cíveis, criminais e em juizados”, afirmou o Dr. Vladimir Abreu da Silva, juiz auxiliar da presidência do TJMS.

Estenotipia – A função do estenotipista consiste em registrar depoimentos, audiências, debates, palestras ou mesmo uma simples conversa por escrito (digitalizado) acompanhando a velocidade da fala, simultaneamente. Para isso, é utilizado o estenótipo, um teclado especial com 24 teclas. Essas teclas podem ser batidas ao mesmo tempo, oferecendo uma infinidade de combinações, ao contrário de um computador ou de uma máquina de escrever, nos quais se tecla letra por letra.

Conectado a um computador, com o auxílio de um software (programa) de transcrição, o estenótipo traduz para a Língua Portuguesa todos os códigos, abreviaturas e contrações que são digitadas. No software, há um dicionário em que podem ser acrescentadas novas palavras, com o objetivo de abastecer o banco de dados e melhorar o desempenho.

A estenotipia permite que o profissional registre um texto na mesma velocidade que as pessoas falam, de 180 a 220 palavras por minuto. “O que nós estamos colocando à disposição do tribunal não seria o equipamento, seria o serviço desse equipamento. O aparelho vai estar em São Paulo e nós trabalharíamos remotamente, através de gravações de áudio. Nós captaríamos o áudio das sessões e devolveríamos a transcrição em 3 dias, na íntegra”, destacou o representante da empresa prestadora do serviço.